quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A TERCEIRA INTELIGÊNCIA


No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a "descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções."

A ciência começa o novo milenio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Drª DanaZohar, da Universiade de Oxford no seu livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências
espirituais das pessoas.

O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana:

"A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive em Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português.

QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record). Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela falou à EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.


Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos.
Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.
O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos.
É uma inteligência que nos impulsiona.
É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor.
O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida.
É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.*

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira
inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.

A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular.
Implica trabalhar com os limites da situação.
Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções.
Inteligência espiritual fala da alma.
O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afectam minha emoção e como eu reajo a isso.
A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo

2. São levadas por valores. São idealistas

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade

4. São holísticas

5. Celebram a diversidade

6. Têm independência

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo

9. Têm espontaneidade

10.Têm compaixão


"Uma vela não perde a sua chama acendendo outra."

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

UMA PARÁBOLA


Certa vez, disse o Buddha uma parábola:

Um homem viajando em um campo encontrou um tigre. Ele correu, o tigre em seu encalço. Aproximando-se de um precipício, tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem em suas mãos e pendurou-se precipitadamente abaixo, na beira do abismo. O tigre o farejava acima.

Tremendo, o homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro tigre a esperá-lo. Apenas a vinha o sustinha.

Mas ao olhar para a planta, viu dois ratos, um negro e outro branco, roendo aos poucos sua raiz.

Neste momento seus olhos perceberam um belo morango vicejando perto. Segurando a vinha com uma mão, ele pegou o morango com a outra e o comeu.

"Que delícia!", ele disse.

Namaste


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SEJA SEMPRE GENTIL



— Posso falar com a gerente?

A súbita pergunta de minha amiga à garçonete me surpreendeu. Nosso jantar em uma pizzaria popular havia transcorrido em nenhuma anormalidade, e eu me perguntava o que Eileen tinha em mente.

A gerente se aproximou de nossa mesa alguns minutos depois.

— Em que posso ser útil? — ela perguntou hesitante, como se estivesse esperando mais uma reclamação de uma cliente zangada.

— Eu só queria lhe contar que a garçonete que nos atendeu hoje foi excelente — Eileen começou a dizer, descrevendo, em seguida, as várias coisas que a atendente havia feito e que tanto a impressionaram.

Evidentemente, a gerente ficou aliviada — e encantada, O mesmo aconteceu com a garçonete, que estava em pé, ao lado da mesa. Nos quatro rimos e conversamos por alguns minutos. Eileen havia transformado em sucesso o dia de duas mulheres esforçadas... e fez com que ficasse gravada em minha mente uma impressão indelével do poder das palavras positivas.

Quando pensamos em nossas palavras, é fácil nos concentrar nas pessoas que gostaríamos de censurar. Felizmente, existem certas frases que quase sempre têm um momento certo de ser proferidas —palavras que transmitem amor e incentivo. Aqui estão algumas delas:

“Seu trabalho foi excelente”.
“Posso orar por você neste momento?”.
“Como você realmente está?”.
“Suas palavras me ajudaram”.
“Eu estava errado(a)”.
“Obrigado(a), por me conduzir/servir”.
“Eu ofendi você?”.
“Gosto da maneira como você ________”.
“Em que posso ser útil?”.
“Conte-me sobre seu dia, seu trabalho, seus filhos...
“Por favor, perdoe-me”.
“Eu ainda o(a) amo.”
“Deus é tão grande a ponto de __________”.
“Estou orgulhoso(a) de você”.
“Você está se desenvolvendo bem”.
“Por favor, venha jantar conosco”.
“Senti sua falta”.
“Estou muito feliz por você”.
“Orei por você hoje”.
“Deve ter sido muito difícil!”.
“Aceito com satisfação!”.

Em resumo, se existem palavras que você gostaria de ouvir, tenha certeza de que elas também servem para encorajar os outros.

Namaste

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

VISÃO DE LONGO ALCANCE


Quando eu era menino, gostava de andar a esmo pelo parque perto de casa e observar alguns homens idosos jogando damas. Certo dia, um deles convidou-me para jogar. A princípio, o jogo parecia fácil. “Comi” uma peça dele e, depois, outra. De repente, ele pegou uma peça e foi saltando várias outras pelo tabuleiro, até chegar ao lado oposto, e gritou:

— Fiz uma dama!

Após dizer isso, ele “comeu” todas as minhas peças.

Naquele dia, aprendi o que significa visão de longo alcance. Ninguém se importa em perder algumas peças se estiver com os olhos fixos no lado oposto do tabuleiro, ou seja, no território da dama.

Não existem situações sem esperança na vida...existem apenas homens que se sentem desesperados em relação a elas.


Namaste